
-' Trancar o dedo numa porta dói, bater com o queixo no chão, torce o tornozelo, um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, morder a língua, cólica, cárie e pedra no rim.
Mais o que mais dói é a SAUDADE.
Saudade de um irmão que mora longe, de uma cachoeira de infância, do gosto de uma fruta que não se encontra mais, do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu, de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades toodas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se AMAA.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos, da presença e até mesmo da ausência consentida.
Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
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